Era um dia qualquer da semana...
Um dia comum em que ela sentia falta do passado.
Mas nesse dia ela questionou a falta, e o passado.
Sabe quando se lembra de amizades que você teve, que estiveram presentes só em uma pequena parte da sua vida, mas que foi o suficiente pra marcar momentos, sentimentos, choros e risadas?
Então, nesse dia era disso que ela sentia falta. Foi nisso que ela pensou, na maior parte do tempo.
Pareciam ser tão inseparáveis, as quatro... E ai logo surgiu mais uma. E ainda assim pareciam inseparáveis. Questionou se tais amizades foram reais, e porquê se distanciaram...
Pouco mais de um ano depois, estava ela imaginando como era bom quando ela e suas amigas viviam como se as coisas fossem sempre do jeito delas, que a vida era rir e chorar e sentir.
Porquê mesmo os momentos ruins foram bons, porque elas estavam juntas.
Elas não se vêem nem mais nos aniversários. Casualmente se falam. Conversam sobre o que estão fazendo, quais são os planos pro futuro próximo, até arriscam de marcar algo - mas que nunca vira um compromisso sério -. E as breves conversas sempre acabam com: "Nossa, eu sinto saudades. De verdade."
"Mas de quê adianta pensar muito nisso, nelas, sentir saudade e não fazer nada pra deixar de ter? Talvez elas nem sintam, então." - pensou.
Assim, mais uma vez, guardou suas lembranças.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
“Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.”
Caio Fernando Abreusábado, 24 de julho de 2010

"Era no que eu tinha que acreditar, é no que eu acredito. É o que eu tenho que fazer acontecer, pelo menos agora. Fazer agora pra acontecer depois. Ou vai ver que ainda combina... que eu tô enganada. Ou que tão querendo me enganar e tô acreditando. Mas e eu? Como é que eu fico? Deve que também pode não ser nada disso. E eu fico... bem. Do jeito que dá pra ficar."
sexta-feira, 23 de julho de 2010
"Ei, menina,
me diz como é que você está.
Afinal faz uma semana que eu não te vejo,
não sei quanto tempo suporto sem te admirar.
Então,
me diz com quem você está.
Afinal faz uma semana que eu não te beijo,
não sei quanto mais de saudade posso suportar.
E assim,
não sei qual é a melhor maneira de te consquistar.
Poderia ser tão fácil como você me consquistou,
com um abraço e o primeiro olhar...
bem ali, do outro lado dessa rua. "
me diz como é que você está.
Afinal faz uma semana que eu não te vejo,
não sei quanto tempo suporto sem te admirar.
Então,
me diz com quem você está.
Afinal faz uma semana que eu não te beijo,
não sei quanto mais de saudade posso suportar.
E assim,
não sei qual é a melhor maneira de te consquistar.
Poderia ser tão fácil como você me consquistou,
com um abraço e o primeiro olhar...
bem ali, do outro lado dessa rua. "
quinta-feira, 22 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
"Cara, alguém pra subir nessa mesa e gritar a verdade que cada um esconde atrás desse sorriso? Eu não queria ter que fazer isso, mas tô cansada de dar verdade e receber mentira. Alguém ama alguém igualmente aqui? Será que um dia alguém vai se sentir menos injustiçado por amar alguém que não o ama? Não, isso seria impossível. Ninguém ama alguém sem querer ser amado também, não é? Eu penso assim."
Os pensamentos dela ficavam cada vez mais conflitantes enquanto todos falavam e riam como se fosse possível fazer a peça sem abrir as cortinas - sem olhar pra dentro de cada um e revelar todos os medos, os desejos, os pensamentos. Por mais podres que sejam.
- Eu quero mesmo sair correndo daqui - Ela deixou o pensamento escapar em voz alta e todo mundo olhou pra ela. Ela sorriu sem graça e fingiu como se não tivesse falado nada.
"Isso que me deixa puta! Eu tô com vontade de sair correndo daqui sim, mas eu tenho que fingir. Por quê todo mundo tem que fingir? Disfarsar a verdade é pior. Porquê quando ela aparece, machuca. Como se arrastasse todos os momentos bons tornando-os questionáveis ou os apodrecendo de vez, se já estivessem sido questionados - esse seria o fim... É, podia mesmo ser o fim de toda esse fingimento, mas talvez eles nem estejam sentindo. Se acreditam tanto na mentira, as tornam reais, aí deve ser mais fácil pra eles. Mas o tempo traz tudo de volta, o presente e o futuro serão sempre assombrados pelo passado, assim como a verdade sempre tentará, inultilmente, ofuscar a mentira... Eu não vou ficar mais aqui."
Os pensamentos dela ficavam cada vez mais conflitantes enquanto todos falavam e riam como se fosse possível fazer a peça sem abrir as cortinas - sem olhar pra dentro de cada um e revelar todos os medos, os desejos, os pensamentos. Por mais podres que sejam.
- Eu quero mesmo sair correndo daqui - Ela deixou o pensamento escapar em voz alta e todo mundo olhou pra ela. Ela sorriu sem graça e fingiu como se não tivesse falado nada.
"Isso que me deixa puta! Eu tô com vontade de sair correndo daqui sim, mas eu tenho que fingir. Por quê todo mundo tem que fingir? Disfarsar a verdade é pior. Porquê quando ela aparece, machuca. Como se arrastasse todos os momentos bons tornando-os questionáveis ou os apodrecendo de vez, se já estivessem sido questionados - esse seria o fim... É, podia mesmo ser o fim de toda esse fingimento, mas talvez eles nem estejam sentindo. Se acreditam tanto na mentira, as tornam reais, aí deve ser mais fácil pra eles. Mas o tempo traz tudo de volta, o presente e o futuro serão sempre assombrados pelo passado, assim como a verdade sempre tentará, inultilmente, ofuscar a mentira... Eu não vou ficar mais aqui."
O que será que é real?
Do jeito que ela sempre o via falar, parecia impossível que algum dia poderia entendê-lo tão bem.
Aconteceu, no caminho de casa. Os dois estavam cansados, para eles a farsa tinha perdido a graça - se é que algum dia teve, talvez... -.
Enquanto eles estavam sentados, observando tudo aquilo, eles pensaram a mesma coisa: "isso não existe!". Ela completou dizendo: "não existe amizade sem interesse, sentimento puro e amor verdadeiro". E a verdade começou a explodir ali mesmo, diante dos olhos dos dois.
- Eu não sei descrever o que eu tô sentindo agora. - Ela disse quando eles estavam na rua escura, longe de qualquer pessoa que pudesse ouvir e se sentir magoada sem nem saber se teria motivos pra isso.
- Não preocupa, eu sei como é. Agora você também sabe.
- Eu acho que tô andando demais com você. - Disse ela, olhando pra ele com uma cara debochada. Franziu o cenho. Andou olhando pra baixo, pensativa. Depois de um tempo de silêncio entre os dois, ela disse: Como pode ser assim? Eu nunca me senti assim, mas também nunca vi um teatro tão bem improvisado.
- Eu me sentia assim quando via a verdade. Agora você também a vê. - Disse ele confortando-a. - Eles atuam porque às vezes não suportam a verdade. - Completou.
Pensando se a farsa duraria até que se tornasse real, caminharam em silêncio. De volta pra casa.
Aconteceu, no caminho de casa. Os dois estavam cansados, para eles a farsa tinha perdido a graça - se é que algum dia teve, talvez... -.
Enquanto eles estavam sentados, observando tudo aquilo, eles pensaram a mesma coisa: "isso não existe!". Ela completou dizendo: "não existe amizade sem interesse, sentimento puro e amor verdadeiro". E a verdade começou a explodir ali mesmo, diante dos olhos dos dois.
- Eu não sei descrever o que eu tô sentindo agora. - Ela disse quando eles estavam na rua escura, longe de qualquer pessoa que pudesse ouvir e se sentir magoada sem nem saber se teria motivos pra isso.
- Não preocupa, eu sei como é. Agora você também sabe.
- Eu acho que tô andando demais com você. - Disse ela, olhando pra ele com uma cara debochada. Franziu o cenho. Andou olhando pra baixo, pensativa. Depois de um tempo de silêncio entre os dois, ela disse: Como pode ser assim? Eu nunca me senti assim, mas também nunca vi um teatro tão bem improvisado.
- Eu me sentia assim quando via a verdade. Agora você também a vê. - Disse ele confortando-a. - Eles atuam porque às vezes não suportam a verdade. - Completou.
Pensando se a farsa duraria até que se tornasse real, caminharam em silêncio. De volta pra casa.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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